Apuração dos sinistros é impactada no RS; especialista explica como funciona indenização nos seguros rurais e agrícolas
Entenda os Desafios e Processos Envolvidos nos Seguros Rurais e Agrícolas
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a comunicação, comprovação e apuração dos sinistros estão enfrentando dificuldades devido à falta de vistorias e perda de documentos. No entanto, para os casos que são reportados, as seguradoras estão enviando peritos aos locais afetados. Em relação à documentação, como notas fiscais de insumos, as empresas e seus comitês estão avaliando formas de flexibilização para agilizar e tornar mais eficiente o atendimento aos segurados.
Leonardo de Menezes, superintendente de Seguros do Sicredi, explica o funcionamento do processo indenizatório nos seguros rurais e agrícolas. Segundo ele, tanto os seguros rurais quanto os agrícolas iniciam o processo de indenização assim que o cliente identifica perdas ou danos na propriedade. Isso permite que a seguradora abra o aviso de sinistro e realize uma vistoria para constatação de danos e prejuízos. Os documentos solicitados, juntamente com o laudo da vistoria, compõem os materiais necessários para a regulação do sinistro.
No seguro rural, após o envio de todos os documentos e informações requisitadas, a seguradora avalia e finaliza o sinistro. No seguro agrícola, após a vistoria final para apuração da produtividade da lavoura (em algumas culturas), é necessário ainda o envio de documentos solicitados, incluindo o aviso de encerramento da colheita.
Impactos a Curto e Médio Prazo
Segundo Menezes, o setor agrícola enfrentará impactos como a perda de produtividade e qualidade das lavouras, redução do nível de renda dos produtores – especialmente daqueles que não tiveram acesso a nenhum tipo de proteção, como Proagro ou Seguro Privado – e compactação do solo, além da perda de nutrientes causada pelas enchentes.
"No setor de seguros, as perdas nas propriedades seguradas ainda estão sendo mensuradas e muitos produtores estão na fase de comunicação dos sinistros", afirma Menezes. Ele acrescenta que a maioria dos acionamentos deve ocorrer nos meses de junho e julho, com as seguradoras iniciando os processos de indenização em agosto e setembro. "Os impactos e reflexos dessa última enchente que assolou o Rio Grande do Sul na carteira de Seguros Rurais e Agrícolas ainda serão mensurados", conclui.
Os seguros rurais e agrícolas desempenham um papel crucial na proteção dos produtores contra perdas inesperadas. Com os desafios atuais de comunicação e documentação, é fundamental que as seguradoras e comitês busquem soluções para agilizar e tornar mais eficiente o atendimento aos segurados, garantindo a continuidade da produção agrícola e a segurança financeira dos produtores.
Fonte: CQCS
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