Incêndios em São Paulo: como o Seguro resguarda imóveis e veículos das chamas

Cinque Terre

Nas últimas semanas, o interior de São Paulo foi atingido por uma onda de incêndios, deixando 48 cidades em alerta máximo para queimadas. Segundo informações do G1, duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar suas casas, atingidas pelas chamas desde que o fogo começou. Imagens registradas por moradores de cidades afetadas mostram o céu coberto por uma camada de fumaça. De acordo com a Defesa Civil, em apenas três dias, mais de 20 mil hectares já queimaram. O CQCS ouviu especialistas que destacaram as ações do seguro diante do ocorrido. 

A cobertura contra incêndio caracteriza-se como essencial para imóveis residenciais, comerciais e industriais. A mesma oferece proteção financeira em caso de danos e garante que o proprietário possa reparar ou reconstruir o bem sem arcar com altos custos. Além de cobrir prejuízos diretos, como a destruição de estrutura e pertences, o seguro pode incluir despesas como remoção de escombros, hospedagem temporária e até mesmo a indenização por lucros cessantes em casos comerciais. 

Em entrevista ao CQCS, Corretor de Seguros, Diretor do Sincor-DF e delegado representante da Fenacor junto à Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC), Dorival Alves, destacou que todos os imóveis das regiões atingidas e que possuem seguro estão cobertos. “Para todos os imóveis, seja no Seguro Residencial ou Empresarial que possuam cobertura para incêndio, é contemplado com a proteção. A seguradora irá indenizar até o limite da importância segurada contratada. É importante lembrar que em ambos os produtos, residencial ou empresarial, deverá ser observado a cobertura tanto para o prédio quanto para o conteúdo. Há quem contrate o seguro só para a estrutura, deixando de fora está dentro do imóvel”, disse. O especialista frisou que os carros possivelmente atingidos pelas chamas também possuem cobertura no Seguro Auto. A garantia de incêndio. 

Durante entrevista coletiva no último domingo (25), a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou que os recentes incêndios representam uma situação atípica e que não fazem parte da curva de experiência da equipe do Governo nos demais anos de trabalho com o fogo. Marina lembrou que a Polícia Federal já abriu 31 investigações na Amazônia e no Pantanal, além de duas investigações em São Paulo, nas quais três homens foram presos acusados de causar queimadas intencionais. Sobre a possibilidade dos incêndios terem origem criminosa, Dorival Alves pontua que após comprovação diante inquérito policial, a seguradora entraria em campo para ajuizar uma ação de regresso contra os suspeitos, sem haver nenhuma alteração no processo de indenização dos segurados. 

Deisiane Ribeiro, Corretora de Seguros e Tecnóloga em Processos Gerenciais, reforçou que tanto os veículos como os imóveis atingidos estão protegidos através da cobertura de incêndio, porém, a mesma lembra que há casos em que não as chamas, mas a fumaça atinge imóveis e causam danos irreparáveis que são cobertos pelo seguro. “Já tivemos um caso onde a fumaça atingiu um loteamento, oriunda de um incêndio em terrenos baldios. A fumaça chegou à residência e tomou conta de todo o imóvel, estragando completamente os estofados, cama, roupas e demais itens que tiveram que ser substituídos. A cobertura para fumaça consta na cobertura básica, junto a raio, explosão, e queda de árvores. 

Ainda segundo informações do G1, órgãos públicos estão dividindo os esforços para combater os incêndios e achar os culpados dos quais suspeita-se de origem criminosa. Além de órgãos ambientais e Polícia Federal integram os trabalhos ministérios como Casa Civil, Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça.

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